1 de ago. de 2012

Arezzo inaugura novo centro de pesquisas em Campo Bom

Em uma área de 14 mil metros quadrados anteriormente ocupada por uma fábrica de calçados, a Arezzo inaugurou essa semana seu novo centro de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) em Campo Bom. Criada a partir de um investimento de R$ 8 milhões, a estrutura abrigará a administração e a parte de criação das quatro marcas do grupo. Novos produtos e a atualização dos itens disponíveis no mercado das bandeiras Arezzo, Schutz, Alexandre Birman e Anacapri passarão pelo local.

Antigamente, as sedes estavam situadas no município do Vale do Rio dos Sinos, mas elas ficavam distantes umas das outras. Agora, a intenção é centralizar a atividade e fomentar ainda mais os negócios na região. “Não acredito que sejamos uma solução para a indústria calçadista local, mas estamos dando nossa contribuição para manter a cultura existente no Vale do Sinos. Os incrementos dos nossos negócios no Rio Grande do Sul serão consequência desse investimento”, aponta o presidente da companhia, Anderson Birman. Nascida em Minas Gerais, mas com presença no Rio Grande do Sul há mais de 20 anos, a empresa é chamada de “mineirucha” pelo executivo.

Cada marca do grupo ganhou suas próprias dependências dentro do complexo. Todas as etapas do processo de confecção de sapatos, bolsas e acessórios femininos, com exceção da fabricação em escala, são contempladas no espaço. Atualmente, a empresa terceiriza 86% de sua produção. Há salas para briefing, acervo de matérias-primas, ambientes que simulam lojas e um museu que conta com todos os modelos produzidos nos 41 anos de atividade da companhia e uma série de itens feitos por outras marcas. “Essa é a Disneylândia da criação”, compara o diretor de supply chain, Márcio Jung. Além disso, há duas linhas produtivas para o desenvolvimento de protótipos. Uma delas é dividida por Arezzo e Anacapri e a outra por Schutz e Alexandre Birman. A separação foi feita conforme o público-alvo das marcas. Neste setor, é possível produzir até 300 pares de calçados por dia.

O vice-presidente da Arezzo, Alexandre Birman, destaca que na mudança também foram realizados investimentos em máquinas e no aperfeiçoamento de processos. “Um dos equipamentos que agregamos faz o um processo chamado CNC, onde o desenho do solado é feito no computador, gerando um protótipo automático. Antes, isso era feito manualmente”, exemplifica. Conforme Alexandre, a partir de agora, será possível ganhar agilidade nas operações e aumentar a produtividade.  

A transferência dos profissionais para o novo centro de P&D começou a ser conduzida há um mês. Desde então, 30% da operação estava em atividade. Ontem, todos os dois mil trabalhadores começaram a ocupar o local de forma definitiva. A inauguração oficial contou com a presença do governador Tarso Genro, que elogiou o aporte feito pela empresa para a pesquisa e desenvolvimento de artigos. “Nessa tormenta da crise que abala o sistema financeiro e produtivo mundial, as iniciativas feitas precisam ser valorizadas”, defende. Segundo o governador, as instituições financeiras gaúchas estão equipadas para incentivar iniciativas do setor produtivo em um cenário marcado pela retração de economias de países desenvolvidos.

Tarso acredita que investir em diferenciais é a saída para a indústria calçadista gaúcha retomar o fôlego perdido ao longo dos últimos anos. “A combinação de produção de modelos, novas tecnologias e inovação é o futuro da indústria. Essa mistura representa uma alternativa para o Vale dos Sinos não perder a importância econômica que ele tem”, assinala.



Lucro líquido da Arezzo soma R$ 25,7 milhões no 2º trimestre

A Arezzo registrou lucro líquido de R$ 25,7 milhões no segundo trimestre de 2012, avanço de 7,2% ante os R$ 24 milhões obtidos no mesmo período do ano passado. No semestre, porém, a queda foi de 5,6%, para R$ 36,6 milhões, em relação a igual período anterior.

A receita líquida da companhia subiu 31% na comparação entre os períodos de abril a junho de 2011 e 2012, passando de R$ 152,2 milhões para R$ 199,4 milhões. No acumulado dos primeiros seis meses, a receita totalizou R$ 360,8 milhões, alta de 24%.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) somou R$ 34,6 milhões no segundo trimestre, crescimento de 22,4% na comparação com os R$ 28,2 milhões de um ano antes. No primeiro semestre, o Ebitda da companhia foi de R$ 49,3 milhões, variação positiva de 0,6% em relação ao mesmo período de 2011.

Fonte: G1


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