30 de jul. de 2013

Queda nas vendas já causou 1,5 mil demissões no setor calçadista do RS

Cerca de 1,5 mil pessoas perderam o emprego na indústria de calçados do Rio Grande do Sul no primeiro semestre de 2013. A queda nas vendas no país registrada no primeiro semestre é apontada como a causa para as demissões do setor no Vale do Sinos, como mostra a reportagem do RBS Notícias (veja o vídeo).

As rescisões se acumularam na mesa do Sindicato dos Sapateiros de Sapiranga . Desde o início do mês, 600 trabalhadores perderam o emprego. “Tem empresas de outros municípios que estão à procura dessas pessoas que perderam os seus postos de trabalho, mas de imediato a gente não tem uma perspectiva de recolocação desse pessoal”, diz o presidente do sindicato, Júlio Cavalheiro Neto.

Aline dos Santos está entre os trabalhadores que perderam o emprego no setor. Contratada há poucos meses, ela ficou surpresa com a demissão em uma das maiores fabricantes de calçados femininos do país. “De repente, começou esse tumulto de não ter serviço, as exportações não irem. Aí veio a notícia que seria fechado os grupos e eu estava em um dos grupos que infelizmente fechou”, conta a jovem.

Segundo o Sindicato dos Sapateiros, 460 trabalhadores foram demitidos diretamente da fábrica e praticamente o mesmo numero acabou perdendo o emprego em pequenas empresas que prestavam serviços. Algumas delas tiveram que fechar as portas por conta da crise no setor.

Foi o caso de microempresário Ricardo Manique, que tinha um atelier de costura totalmente destinado à fábrica. Com a queda repentina na produção, ele teve que encerrar as atividades. “Todas as grandes fábricas aí, do mercado interno, em todas está fraquíssimo o serviço. Ninguém mais esta pegando a terceirização de mão de obra”, conta o empresário.

A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) diz que as demissões refletem a queda nas vendas, que em maio chegou a 2,6%. Nesta semana, o governo estadual anunciou desoneração para o setor, reduzindo o ICMS de 17% para 12% no mês de agosto, nas compras de indústria para indústria. A medida também vai beneficiar outros 17 setores.


Fonte: G1


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