Em 2009, um grupo de pesquisadores da Universidade de Oregon, nos Estados Unidos, pôs fim a uma busca milenar. Eles descobriram, por acaso, pigmentos inorgânicos de uma cor azul muito forte, e muito estáveis. A descoberta foi comemorada porque todos os pigmentos azuis até então
disponíveis eram problemáticos: o azul cobalto pode ser carcinogênico, o
azul da Prússia libera o venenoso cianeto, e outros pigmentos azuis não
se dão com o calor ou com os ambientes ácidos.
Os compostos, de cor azul profunda, são fáceis e seguros de se fabricar,
são muito mais duráveis e mais ambientalmente benignos do que todos os
que existem ou já foram usados no passado.
Agora, não mais por acaso, o mesmo grupo descobriu que seus compostos
de manganês têm uma outra característica inusitada: eles são capazes de
refletir o calor. "Quanto mais estudamos o material, mais interessante ele se torna,"
comemora Mas Subramanian, um dos descobridores do novo material. "Já sabíamos que ele é mais durável, mais seguro e muito mais fácil
de fabricar. Agora ele se tornou um novo candidato para a eficiência
energética," completa o pesquisador. O pigmento tem uma refletividade ao infravermelho de cerca de 40% - a
radiação no infravermelho é a responsável pela maior parte do calor que
sentimos ao Sol.
A estrutura cristalina "bipiramidal trigonal" dá ao pimento azul a
capacidade para refletir até 40% da radiação infravermelha que incide
sobre ele.
Os pesquisadores descobriram que o novo pigmento azul possui uma
estrutura cristalina muito incomum - chamada coordenação bipiramidal
trigonal -, que faz com que suas moléculas se alterem quando expostas ao
calor. A proposta é usar o pigmento na composição de tintas
para recobrir a superfície ou o telhado de casas e edifícios, que
absorveriam menos calor, economizando energia com os sistemas de
ar-condicionado.
Fonte: Inovação Tecnológica
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