Os entraves da indústria brasileira são tão amplos que as reclamações dos empresários englobam desde a conhecida baixa competitividade até, mais recentemente, o menor poder de compra do brasileiro diante da alta do endividamento e da inflação elevada.
Esses fatores contribuíram para que o setor calçadista sentisse uma queda na demanda interna, que foi agravada pela estabilidade do setor externo. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), entre janeiro e julho o volume exportado em dólar foi apenas 2,6% superior ao do mesmo período do ano passado - cresceu de R$ 443,9 milhões para R$ 455,4 milhões.
"Esse movimento de dólar ainda não produziu o efeito que se pode esperar", afirma Heitor Klein, presidente executivo da Abicalçados. Até sexta-feira, a desvalorização do real era de 11,44%. "E não se tem ideia do que pode acontecer no resto do segundo semestre, porque o cenário está bem volátil." Em junho, por exemplo, a produção do setor de calçados e artigos de couro subiu 6,7%, depois de recuar 6,1% em maio.
Na indústria têxtil e de confecção houve um descompasso entre produção e venda. Os dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) mostram que a produção de vestuário recuou 2,35% no primeiro semestre, mas o varejo subiu 4,6%. "Isso mostra uma penetração forte de produtos importados", afirma Aguinaldo Diniz Filho, presidente da Abit. "A gente vem lutando para conseguir uma igualdade de produção com o importado."
Ele estima crescimento de, no máximo, 1,5% para o setor. Na concorrência, também pesa o custo da mão de obra, que representa 40% do custo de uma peça de roupa. "O custo unitário do trabalho subiu no Brasil, que está um país caro."
No setor de eletrônicos, a expectativa é que a mexida no câmbio traga algum resultado. Os dados da produção industrial do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), compilados pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), mostram que a produção física do setor eletroeletrônico caiu 4,1% em junho ante maio.
"A expectativa é que possa haver uma melhora no segundo semestre com base nesse comportamento do câmbio, ainda que, no nosso setor, essa questão seja bastante sensível porque somos muito importadores", afirma Carlos Cavalcanti, assessor de economia da Abinee. "A desvalorização tem um custo para as empresas que não pode ser ignorado. Mas a gente tem a percepção de que, com o câmbio batendo a R$ 2,30, isso gere estímulos e compense as desvantagens que o setor sofre com a importação", diz Cavalcanti.
Esses fatores contribuíram para que o setor calçadista sentisse uma queda na demanda interna, que foi agravada pela estabilidade do setor externo. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), entre janeiro e julho o volume exportado em dólar foi apenas 2,6% superior ao do mesmo período do ano passado - cresceu de R$ 443,9 milhões para R$ 455,4 milhões.
"Esse movimento de dólar ainda não produziu o efeito que se pode esperar", afirma Heitor Klein, presidente executivo da Abicalçados. Até sexta-feira, a desvalorização do real era de 11,44%. "E não se tem ideia do que pode acontecer no resto do segundo semestre, porque o cenário está bem volátil." Em junho, por exemplo, a produção do setor de calçados e artigos de couro subiu 6,7%, depois de recuar 6,1% em maio.
Na indústria têxtil e de confecção houve um descompasso entre produção e venda. Os dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) mostram que a produção de vestuário recuou 2,35% no primeiro semestre, mas o varejo subiu 4,6%. "Isso mostra uma penetração forte de produtos importados", afirma Aguinaldo Diniz Filho, presidente da Abit. "A gente vem lutando para conseguir uma igualdade de produção com o importado."
Ele estima crescimento de, no máximo, 1,5% para o setor. Na concorrência, também pesa o custo da mão de obra, que representa 40% do custo de uma peça de roupa. "O custo unitário do trabalho subiu no Brasil, que está um país caro."
No setor de eletrônicos, a expectativa é que a mexida no câmbio traga algum resultado. Os dados da produção industrial do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), compilados pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), mostram que a produção física do setor eletroeletrônico caiu 4,1% em junho ante maio.
"A expectativa é que possa haver uma melhora no segundo semestre com base nesse comportamento do câmbio, ainda que, no nosso setor, essa questão seja bastante sensível porque somos muito importadores", afirma Carlos Cavalcanti, assessor de economia da Abinee. "A desvalorização tem um custo para as empresas que não pode ser ignorado. Mas a gente tem a percepção de que, com o câmbio batendo a R$ 2,30, isso gere estímulos e compense as desvantagens que o setor sofre com a importação", diz Cavalcanti.
Fonte: Estadão
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