A calçadista Via Uno entrou em recuperação judicial para tentar organizar seu alto endividamento. Um processo protocolado ontem no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) já cita a AEB Comércio de Calçados Ltda. - razão social da companhia - como em recuperação judicial.
A expectativa dos credores - lista em que estão bancos como o BB e o Banrisul, fornecedores industriais e ex-franqueados - é que a empresa apresente um plano de reorganização financeira. Um gestor de mercado poderá ser apontado, segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo.
As dificuldades da Via Uno se amontoaram nos últimos anos. Fontes de mercado dizem que o grande erro da empresa foi montar uma estratégia chique para concorrer com a Arezzo, que não teve o resultado esperado.
A situação, porém, também reflete as dificuldades de toda a indústria de sapatos, que disputa mercado com produtos baratos vindos da Ásia. De acordo com a Abicalçados, associação que reúne as indústrias do setor, as importações do produto subiram 18,5% de janeiro a agosto, na comparação com o mesmo período de 2012, e somaram cerca de US$ 400 milhões.
O produto asiático também afetou o resultado de marcas tradicionais como a Vulcabrás/Azaleia, que fechou fábricas e demitiu milhares de trabalhadores, e a Samello, que entrou em recuperação judicial em 2006.
Fundada há 22 anos, a Via Uno nasceu no Rio Grande do Sul com o objetivo de fornecer calçados de baixo custo para redes multimarca. Desde o início da década passada, no entanto, o fundador da companhia, o gaúcho César Minetto, decidiu que era a hora de tornar a Via Uno uma marca de moda. Para fazer jus a esse posicionamento, a companhia se desfez da operação fabril. Ela foi repassada a ex-funcionários, que se tornaram fornecedores.
A Via Uno empreendeu uma rápida expansão de suas lojas - chegou a cerca de 200 unidades -, mas o público não acompanhou a mudança de posicionamento. Em pouco tempo, o valor de venda do par de sapatos da marca dobrou, aproximando-se de uma média de R$ 200 há quase três anos.
Para expandir rapidamente a rede, a Via Uno recorreu a empresários com tradição no segmento calçadista no País. No entanto, esses empresários se desinteressaram pela franquia, que tinha margens muito mais apertadas do que a de seus negócios principais. Por isso, mesmo sem caixa, a Via Uno foi obrigada a reassumir boa parte das lojas.
Todo mundo reclamou que os preços estavam subindo rápido demais e que o público não estava acompanhando, disse um ex-franqueado da Região Sul ao Estado, ao comentar a difícil situação da companhia em maio. Apesar dos apelos, o ritmo de alta nos preços não foi reduzido. Fomos na contramão do resto do mercado. Procurado, o fundador da empresa não foi encontrado para comentar o assunto.
A expectativa dos credores - lista em que estão bancos como o BB e o Banrisul, fornecedores industriais e ex-franqueados - é que a empresa apresente um plano de reorganização financeira. Um gestor de mercado poderá ser apontado, segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo.
As dificuldades da Via Uno se amontoaram nos últimos anos. Fontes de mercado dizem que o grande erro da empresa foi montar uma estratégia chique para concorrer com a Arezzo, que não teve o resultado esperado.
A situação, porém, também reflete as dificuldades de toda a indústria de sapatos, que disputa mercado com produtos baratos vindos da Ásia. De acordo com a Abicalçados, associação que reúne as indústrias do setor, as importações do produto subiram 18,5% de janeiro a agosto, na comparação com o mesmo período de 2012, e somaram cerca de US$ 400 milhões.
O produto asiático também afetou o resultado de marcas tradicionais como a Vulcabrás/Azaleia, que fechou fábricas e demitiu milhares de trabalhadores, e a Samello, que entrou em recuperação judicial em 2006.
Fundada há 22 anos, a Via Uno nasceu no Rio Grande do Sul com o objetivo de fornecer calçados de baixo custo para redes multimarca. Desde o início da década passada, no entanto, o fundador da companhia, o gaúcho César Minetto, decidiu que era a hora de tornar a Via Uno uma marca de moda. Para fazer jus a esse posicionamento, a companhia se desfez da operação fabril. Ela foi repassada a ex-funcionários, que se tornaram fornecedores.
A Via Uno empreendeu uma rápida expansão de suas lojas - chegou a cerca de 200 unidades -, mas o público não acompanhou a mudança de posicionamento. Em pouco tempo, o valor de venda do par de sapatos da marca dobrou, aproximando-se de uma média de R$ 200 há quase três anos.
Para expandir rapidamente a rede, a Via Uno recorreu a empresários com tradição no segmento calçadista no País. No entanto, esses empresários se desinteressaram pela franquia, que tinha margens muito mais apertadas do que a de seus negócios principais. Por isso, mesmo sem caixa, a Via Uno foi obrigada a reassumir boa parte das lojas.
Todo mundo reclamou que os preços estavam subindo rápido demais e que o público não estava acompanhando, disse um ex-franqueado da Região Sul ao Estado, ao comentar a difícil situação da companhia em maio. Apesar dos apelos, o ritmo de alta nos preços não foi reduzido. Fomos na contramão do resto do mercado. Procurado, o fundador da empresa não foi encontrado para comentar o assunto.
Via: Portal A Tarde
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