21 de set. de 2013

Pólo calçadista de SC é o segundo que mais cresce no país em 2013

A Assintecal (Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos) divulgou nesta quinta-feira, dia 19, o balanço do setor calçadista dos primeiros sete meses do ano. Conforme o IAPC (Índice Assintecal de Produção Calçadista), de janeiro a julho deste ano, o setor registrou alta de 0,15% na produção. Isoladamente no mês de julho, em comparação a junho, a alta foi de 11,76%. No acumulado dos últimos 12 meses, porém, em comparação com os 12 meses anteriores, houve queda de 2,91%.

Em Santa Catarina, o polo calçadista de São João Batista registrou a segunda maior alta do mês, com 23,06%, atrás somente de Jaú, que obteve 23,64%, variação bem superior aos demais pólos do país. No acumulado do ano, os índices se mantiveram positivos com 1,68% de crescimento,o segundo pólo que mais cresceu este ano, o primeiro foi Birigui, em São Paulo, com alta de 3,72%. Já nos últimos 12 meses, houve queda de 4,89%.

"O aumento da atividade produtiva em julho foi superior à expectativa das empresas, que era de 7,5% de alta", sustenta Marcelo Nicolau, presidente da entidade. Nicolau aponta que a desvalorização cambial, na medida em que possa estimular as exportações e inibir as importações, poderá ter um efeito positivo ao longo dos próximos meses. "As turbulências econômicas e políticas, tanto no cenário nacional quanto internacional estão provocando restrição na atividade produtiva do setor calçadista. A aparente retomada de crescimento no início de 2013 deu lugar a uma trajetória de estabilização na produção".

Os números apresentados no IAPC (Índice Assintecal de Produção Calçadista) são elaborados pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) a partir da coleta de informações encaminhada por aproximadamente 200 empresas do setor calçadista presentes nos principais polos produtivos do país. Além de se obter a quantidade física produzida a cada mês, o índice permite a análise da evolução da produção, comparando-se a produção do mês corrente com o mês anterior, a produção acumulada no ano e a variação em relação ao mesmo mês no ano anterior.

Demais polos no Brasil

Birigui (SP) - No polo produtivo de Birigui, foi registrada queda de 4,05% no mês de julho em relação ao mês anterior. Já no acumulado do ano houve alta de 3,72%, enquanto nos últimos 12 meses, em comparação aos 12 meses anteriores, foi registrado um déficit de 3,21%.

Franca (SP) - As empresas calçadistas de Franca apresentaram alta de 7,92% em julho, em relação a junho. Já no acumulado do ano, houve queda expressiva, da ordem de 44,08%. Se avaliado o período dos últimos 12 meses em relação aos 12 meses anteriores, foi verificada queda de 35,99%.

Jaú (SP) - A movimentação produtiva de Jaú foi positiva no mês de julho, registrando alta de 23,64% em relação a junho. No acumulado do ano, porém, foi verificada queda de 18,94%. Nos últimos 12 meses, em comparação com os 12 meses anteriores, a queda foi ainda maior, da ordem de 24,81%.

Nova Serrana (MG) - O polo de Nova Serrana registrou movimentação negativa no mês de julho em comparação a junho, com queda de 4,22%. No acumulado de sete meses o déficit foi ainda maior, da ordem de 30,73% no movimento das esteiras de produção, e de 40,16% nos últimos 12 meses, em comparação com igual período anterior.

Paranhana (RS) - No Vale do Paranhana, a movimentação foi positiva em todas as análises. Em julho houve alta de 16,19% em relação ao mês anterior. No acumulado do ano o crescimento foi de 1,38% e no acumulado dos últimos 12 meses, a alta foi de 8,80%.

Vale do Sinos (RS) - No Vale do Sinos, o mês de julho foi positivo, com alta de 12,42% no volume produzido em relação ao mês anterior. Porém não há outros comparativos, em função de este polo ter sido incluso na pesquisa recentemente.

Nordeste - Já no Nordeste (dados que não incluem o Ceará), os dados apontam crescimento de 19,73% na atividade produtiva em julho, comparativamente a julho. Não há indicadores anteriores para realizar comparativos de outros períodos.
 
Fonte: Economia SC
 
 

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